Redação IT Talks
11 de jan de 20212 min
Como já foi citado em artigos anteriores, investimos, no início de 2020, um valor significativo em uma profunda estratégia de expansão, inovação e automação logística da empresa. Esse projeto contemplou a aquisição de 220 AGVs (veículos guiados automatizados), duas esteiras, sendo uma delas uma esteira cross belt de 100 saídas, com capacidade três vezes maior que o equipamento em uso atualmente. Devido a pandemia e aos desafios que ela criou, a instalação desse equipamento sofreu uma série de atrasos e estará finalizada no início de 2021.
Como é de se esperar, estamos todos ansiosos pelos impactos positivos que essa tecnologia trará para a Flash Courier e Moove+. Para termos uma ideia, atualmente, em apenas um determinado galpão onde trabalham 35 pessoas, a capacidade de roteirização, em média, é de 6 mil pacotes por hora. Com os robôs e a esteira, esse número quase triplica, chegando a 17 mil pacotes por hora.
Para o desenvolvimento deste artigo, convidei Ricardo Sousa, supervisor de projetos da Flash Courier e que, assim como eu, tem participado de forma ativa na estruturação e desenvolvimento deste projeto.
Além de aumentar a capacidade de produção, os robôs nos darão a oportunidade de operar um equipamento com um número de destinos muito maior. “Isso seria muito difícil de se atingir com outras tecnologias que estávamos procurando antes de encontrarmos e desenharmos esse projeto”, comenta Ricardo.
A expectativa é alta pela magnitude do projeto, acreditamos que uma vez ativada, nossa operação será uma das mais automatizadas e robustas da América Latina, representando uma disrupção significativa para o setor como um todo. Segundo Ricardo, “depois de instalado, o projeto vai aumentar substancialmente nossa capacidade produtiva - uma vez que a esteira crossbelt produz, sozinha, mais do que a soma de todos os nossos equipamentos atuais e a eficiência do nosso trabalho. Com aproximadamente 1000 destinos de separação, poderemos oferecer aos nossos parceiros, cargas separadas de forma mais inteligente, aumentando a eficiência de toda a nossa cadeia produtiva”.
Os AGVs nos trarão otimização no tempo de produção, possibilitando a indução de mercadorias de diferentes clientes, tamanhos, prazos e potencializando a quantidade de roteiros e separações.
Além desta tecnologia, possuímos uma série de processos tecnológicos e continuamos investindo em novas automações que garantam o sucesso da nossa operação. “Estamos começando a trabalhar com bots para atendimento de rastreio das entregas, temos alguns desenvolvimentos em RPA para automação de rotinas e um projeto de desenvolvimento de um AGV "artesanal" em parceria com a Fatec de Sorocaba, cujo objetivo é movimentar parte da nossa carga já separada e dentro do armazém” acrescenta o supervisor.
A Flash Courier acredita e busca sempre tecnologias e processos que otimizem os resultados e reduzam os custos. Por isso, possuímos uma série de processos tecnológicos na empresa e continuaremos tendo essa vertente em nosso DNA. Sem essa visão, não teríamos o porte e a capacidade de empresa que temos atualmente.
Guilherme Juliani, CEO da Flash Courier