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A educação como forma de combate ao assédio sexual no ambiente de trabalho


Passados poucos meses do lançamento do movimento Vez e Voz no SETCESP, cada dia mais sinto que estamos no caminho certo e melhor ainda, num caminho sem volta.


No último dia 03 de fevereiro, durante a live do Vez e Voz, contamos com a participação da Juíza do Trabalho, a Exma. Dra Tatiana Maranesi, para falarmos sobre o assédio sexual no ambiente de trabalho. E, como esperado, foi um encontro grandioso, cheio de conteúdo e ideias, no sentido de encontramos meios e ferramentas para ajudar no combate deste tipo de atitude abominável que aflige tanto mulheres, quanto homens, causando danos morais e psíquicos que podem perdurar por muitos anos.


Lutar por um ambiente de trabalho saudável é um direito de todos, mas é, antes de tudo, um dever de todos os empresários que buscam se posicionar adequadamente no mundo 4.0 que vivemos. Questões como respeito, igualdade, transparência e liberdade são temas e garantias mínimas básicas em qualquer empresa bem sucedida. Não adianta colocar quadro de qualificações na parede, fazer postagens bonitas nas mídias, e elaborar um “folder” de apresentação de alta qualidade se, no dia a dia, não se garante o mínimo às pessoas que ali estão inseridas. Hoje, o consumidor de bens e serviços, está muito atento a tudo e facilmente percebe quando o discurso está desalinhado da prática.


O assédio é algo nefasto não só para a pessoa agredida, mas para a empresa e para a sociedade como um todo, devemos estar unidos para combatê-lo. As vítimas nos dão sinais de que estão sendo agredidas, seja através do isolamento social, faltas constantes, atrasos, baixa produtividade e/ ou desmotivação.


Você que é líder, deve estar sempre atento aos sintomas e aos comportamentos de sua equipe. Não se cale, não seja conveniente com qualquer tipo de atitude reprovável. Observe, escute, analise e aja nos casos concretos. A atitude tomada pelo líder contra o agressor deve ser exemplar, para que a prática do assédio no ambiente de trabalho seja compreendida e seja evitada.


Cabe às empresas educarem, conscientizarem e tratarem de forma frequente sobre este assunto, fazendo com que todos percebam que ela o considera importante e que este tipo de agressão não ficará impune. É preciso que se tenha um canal transparente e com total confidencialidade para receber este tipo de denúncia, com pessoas preparadas para serem bons ouvintes e garantam a total discrição. Não falar do tema é uma péssima opção. Falar do tema e não ter canal de denúncia também, mas ter um canal de atendimento e não dar andamento às denúncias recebidas é, não só uma péssima escolha, mas um ato desumano, capaz de colocar em xeque a reputação de qualquer empresa.


Não deixe que um caso desses chegue aos tribunais, onde a exposição é ainda mais terrível para todos envolvidos. Atue de forma preventiva e corretiva em sua empresa e garanta que o respeito impere no ambiente de trabalho.


Unidos seremos capazes de enfrentar este problema terrível que afeta tantas pessoas, causando impactos tanto na vida pessoal como profissional. Não seja omisso, comece a falar sobre isso, nunca é tarde demais. E se precisar de ajuda, procure um especialista no assunto ou até mesmo sua entidade de classe, que pode te dar diretrizes e dicas de como começar a dar os primeiros passos para implantação de um programa de atendimento às vítimas de assédio sexual.


Para entender mais sobre nosso Movimento, acesse www.vezevoz.org e participe conosco de debates a respeito de igualdade, respeito, liberdade e muito mais.


Ana Jarrouge, Presidente Executiva do SETCESP

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