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Quando pensamos no termo “planejamento estratégico”, imediatamente a associamos com a área da Gestão, afinal, boa parte da organização de uma empresa passa pela qualidade dos processos. Contudo, existe um elemento essencial o qual eu vejo ser pouco abordado, ou até mesmo mencionado, quando pensamos na estratégia de desenvolvimento de uma empresa: a sua localização, e é justamente este ponto que gostaria de abordar no artigo de hoje.
Dentro dos estudos e aplicações sobre planejamento estratégico, um dos termos que falamos bastante é a Análise SWOT, ou Análise FOFA. Eles se referem às observações iniciais que toda organização precisa realizar para entender a sua posição atual no mercado e quais são os seus objetivos para o futuro.
Para isso, reunimos todas as informações acerca dos pontos fortes e fracos, positivos e negativos da organização e como ela está em relação ao mercado, ou seja, quem são os seus concorrentes, no que eles são melhores do que você e o que pode ser feito para mudar essa situação. Essa análise prévia vai além de pensar somente em como podemos gerenciar as pessoas da instituição, mesmo que isso também seja importantíssimo. Trata-se de prestar atenção em tudo que pode ajudar ou prejudicar a sua transportadora.
As observações são reunidas após meses de estudo e reuniões e utilizadas para definir os valores, a visão e a missão da instituição. A próxima etapa consiste em “colocar no papel” quais recursos serão necessários para alcançá-los, os passos para se chegar lá e quem são as pessoas adequadas para cada uma das demandas.
Nesse sentido, sobretudo no transporte rodoviário de cargas, em que as distâncias, os espaços e a infraestrutura constituem algumas de suas principais variáveis, pensar na localização da sua transportadora é uma etapa fundamental para se manter competitivo no mercado e continuar gerando resultados por décadas ou gerações.
Um dos motivos da Anacirema Transportes e Logística estar no mercado de transporte desde 1986 tem total relação com a nossa localização. Desde o início, sabíamos da relevância da cidade de Campinas para o fluxo de mercadorias em território nacional, das importantes empresas privadas que se localizam lá, do potencial que tínhamos em mãos para explorar e da nossa responsabilidade em realçar tudo isso.
Lembrar dos momentos da história da Anacirema me traz nostalgia. A sede em Americana (SP), que fica na região metropolitana de Campinas, já teve uma subsede em Santos (para estar ao lado do Porto de Santos) e fica próxima de algumas das principais rodovias do estado de São Paulo e de pontos importantes, como Aeroporto Internacional de Viracopos.
Assim, conseguimos estar próximos dos nossos clientes e ter fácil acesso a zonas com um ótimo fluxo de mercadorias. Reflexo dessa vantagem poder ser visto principalmente no nosso escopo de atuação e tipo de transporte. Trabalhamos com cargas bem diversas, indo desde pneus até alimentos. Além disso, somos especialidade no transporte de cargas lotação, o qual, no modal rodoviário, precisa ser o mais objetivo possível para evitar desperdícios e excessos no percurso.
Com o cenário atual de aumento nos custos do transporte, tanto por questões já conhecidas pelo setor (segurança, manutenção, compra de peças e de equipamentos, folha de pagamento etc.) quanto pela conjuntura externa (conflitos internacionais, preço dos combustíveis e pandemia), pensar nisso não é só uma forma de evoluir a sua transportadora, mas de conseguir se manter estável em meio a uma economia com cada vez mais detalhes e desafios.
Tal postura, mentalidade e atenção aos detalhes localização do negócio são obrigatórios em qualquer empreendimento, independente do serviço executado, pois ajuda a estar preparado para qualquer situação ruim. Entretanto, no TRC, mais do que qualquer outro setor, o posicionamento é um determinante para o futuro da transportadora e do cumprimento da sua função com a sociedade e a economia local.
José Alberto Panzan, diretor da Anacirema Transportes
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