A criação de novos hábitos se faz necessária de tempos em tempos por diversos motivos. Mudança de local, de clima e avanço tecnológico são alguns exemplos que nos fazem criar novas maneiras de se fazer algo e é aí que se encaixa a Inovação Disruptiva.
O processo de disrupção, para quem não sabe, é quando uma tecnologia, produto ou serviço é transformado ou substituído por uma solução inovadora superior. Ao longo da história da humanidade temos diversos exemplos para isso, mas não é preciso voltar tanto no passado para exemplificar.
A ideia deste tipo de inovação é trazer sempre soluções mais benéficas e acessíveis aos usuários, e também mais econômicas aos provedores desse tipo de serviço.
Antigamente era comum tirarmos fotos com câmeras que utilizavam filmes. Tínhamos todo o trabalho de ir a uma loja e esperar a revelação dessas imagens. Por mais nostálgico que isso pareça ser, era algo trabalhoso para ambos os lados, cliente e empresário. A Kodak era a principal marca do ramo e criou a câmera digital, porém não acreditou em seu potencial e continuou seu investimento em câmera de filme. Anos depois a empresa se viu engolida pela própria criação, mais moderna, econômica e rápida.
Um exemplo mais clássico de Inovação Disruptiva é o que provavelmente quase todos temos em casa. Netflix era apenas uma locadora, muito menor do que a famosa Blockbuster, mas que viu na tecnologia do streaming uma forma de crescer e se adaptar ao novo mercado que estará por vir. Hoje, junto a Walt Disney, é o serviço de entretenimento mais valioso do planeta. Em contrapartida as locadoras vêm sumindo cada vez mais, existindo apenas em seletas cidades pelo interior do país.
O segmento que eu atuo no transporte de cargas, é um dos mais tradicionais do país. Mesmo com toda a tradição que se carrega dentro deste segmento as inovações são inevitáveis. Iniciativas hoje dentro dos transportes se baseiam muito no estilo da Uber. Essas empresas não possuem sequer um caminhão em sua frota, mas tem cadastrado mais de 250 mil motoristas, em grande parte autônomos que fazem suas viagens para entregas em todo o país. As empresas conseguem manter uma rede gigante de “funcionários” sem precisar ter gastos com frota.
Adaptação é uma palavra chave e que se encaixa muito bem dentro da inovação disruptiva. Olhar o mercado e ver a maneira que ele se transforma e transforma suas necessidades é algo essencial para sempre se manter ali. Se engana quem acha que esse tipo de tipo de ideia é algo dos tempos modernos. Isso vem de gerações, desde a China antiga com a criação do estribo até os tempos de hoje com a invenção do iPhone.
A inovação disruptiva continuará, e como temos visto é muito mais que um conceito, ela seguirá desenvolvendo e transformando o mundo em todas as áreas.
Felipe Medeiros, Diretor de Finanças e Performance da GVM Solutions Brasil
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