Antes de tudo, acho importante definir o que é o ego, para que então entendamos sua participação nos processos empresariais. Há diferentes teorias sobre a mente humana que consideram diversos conceitos para ego, no entanto, o mais difundido entre a sociedade está ligado à consciência que cada um de nós tem sobre si mesmo.
Basicamente, podemos entender o ego como o centro da consciência humana, abrangendo a soma de nossos pensamentos, memórias, ideias, sentimentos e sensações. Mas, e no universo corporativo, como ele se encaixa? Naturalmente, associamos essa característica a influências negativas, mas é possível também extrair os pontos positivos.
Durante minha jornada profissional, observei que profissionais conscientes de suas habilidades e confiantes em suas competências, estão muito mais aptos a desempenharem suas atividades de forma assertiva, proporcionando resultados melhores. Essa segurança proporciona uma postura mais tranquila e otimista, de modo que o colaborador consegue gerenciar melhor os momentos de crise. Em contrapartida, quando o sentimento de superioridade começa a aparecer, os empecilhos na construção da liderança se manifestam.
Como líder, venho percebendo que a partir do momento que deixamos de focar no objetivo maior, que no caso é o resultado da empresa ou determinados acordos que foram estabelecidos previamente, a briga por ego se inicia. Nestes momentos, a discussão se torna muito mais sobre o ponto de vista individual do profissional ou sobre a necessidade de ser detentor da razão, não sobrando espaço para chegar no objetivo que a empresa necessita para continuar crescendo.
Dessa forma, noto que estes comportamentos egóicos são capazes de afastar os líderes de seus liderados. Costumo ouvir muito a seguinte frase: “juntos vamos mais longe, porém sozinhos vamos mais rápido”. Mas, nem sempre o caminho mais rápido tem o potencial de sustentar os processos e dar o suporte necessário para o time.
Ao meu ver, quando trabalhamos em uma companhia, o espírito de equipe deve sempre existir, por isso prezamos muito pela cooperatividade aqui na Ouro Negro. Como a individualidade não é uma cultura da nossa empresa, aqueles colabores que demonstram atitudes egocêntricas acabam afastando os demais de si.
Líderes que não conseguem reconhecer o mérito da equipe, percebem dificuldade em criar o sentimento de admiração nos demais e, consequentemente, cultivar sucessores. A minha experiência tem me mostrado que um time cooperativo só tem a beneficiar a companhia, promovendo unidade nos processos, um ambiente de trabalho agradável e uma liderança assertiva.
Priscila Zanette, Diretora da Ouro Negro Transportes
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