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Entre rosas de um outubro solidário: a importância das campanhas para além do mês


O mês de outubro vem carregado de simbologias. Com início nos Estados Unidos, onde várias regiões tinham ações isoladas referentes ao câncer de mama neste mês, o movimento tomou força mundialmente com o passar dos anos. O ato de iluminar monumentos, prédios públicos, mobilizar pessoas em prol desta data, mostra a importância de uma corrente sólida de informações.


E os números comprovam essa importância. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), a doença é um dos três tipos de maior incidência, juntamente aos cânceres de pulmão e colorretal. No Brasil, em 2020 são estimados 66.000 novos casos, o que representa uma taxa de incidência de 51,29% casos, por 100 mil mulheres.


Para além dos dados, me vi na possibilidade de unir forças com a comissão e sindicato do qual faço parte, e também, de uma figura essencial para o meu engajamento e compreensão dessa causa: Bethânia Ferragut, idealizadora da ONG De Peito Escancarado, e uma amiga querida.


Bethânia durante o tratamento, sentiu que a autoestima era a primeira coisa a se abalar durante o processo. Além de perceber ao seu redor, que muitas mulheres eram abandonadas pelos maridos, ou tinham que parar de trabalhar, por conta do corpo que entra em transformação, numa espécie de fragilidade mental e emocional, além claro da debilidade física. 


Como ela já faz o trabalho mensal de distribuir kits de beleza, para fortalecer a autoestima dessas mulheres, decidimos unir forças e arrecadar itens de beleza para essas mulheres. E aí que vem uma parte muito gratificante: nos transformamos durante esse processo. Ver as empresas e seus colaboradores engajados, compartilhando e doando, foi uma das grandes conquistas dessa campanha para mim. Precisamos ter a total noção de como nossos atos impactam um universo particular, e de como precisamos disso para mantermos um caminho bonito para nós e para o próximo. 


Os números dessa campanha foram imensos, dada a expectativa e a possibilidade, mas a lição é de que quando nos unimos, coisas fantásticas surgem. Que quando damos o primeiro passo, damos oportunidade e incentivamos outros a também darem. E precisamos estar atentos para o outro, hoje e sempre. O outubro é rosa, mas a doença surge nos outros onze meses, e precisa ser combatida igualmente. Vamos nos conscientizar para além do rosa?


Rafaela Cozar, Diretora de Gestão e Inovação da Roda Brasil Logística

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