Atualmente, uma das expressões mais usadas é “coisas da geração”. Existe como que uma linha imaginária que separa as pessoas por faixa etária em dois grandes grupos. Qualquer um dentro deste espectro terá sua ação classificada como “da geração”. O grande problema disso é a animosidade que se cria, resultando no menosprezo e no descaso por parte de ambas as partes, em relação às mesmas.
Para jovens no meio corporativo, o processo não é diferente. Estar em uma sala de reunião com pessoas renomadas, com anos de experiência já é intimidador. Quando, à tudo isso, se soma a juventude, a pessoa acabou de perder a atenção da maioria das pessoas na sala. Este fenômeno é recorrente, principalmente em segmentos mais tradicionais
Uma das áreas com maior grau de tradicionalismo é a da construção civil. Assim como vários outros meios, a construção têm seus “peixes grandes”. Empresas tradicionais, com mais de 20 anos no mercado, referência para todas aquelas que tentam seguir seus passos. Geralmente são lideradas por homens de idade mais avançada. São os mesmos que ignoram os novos empresários do ramo e que relutaram em modernizar suas empresas.
Ser um jovem empresário no ramo de construções significa provar seu valor e mérito todos os dias. É lidar com desafios aumentados por conta da idade e da incredulidade dos que lhe ouvem. Encaixar-se nesse perfil em qualquer meio é trabalhoso, pois o adjetivo jovem, automaticamente vem acompanhado dos adjetivos inexperiente, ingênuo, infantil, imaturo.
Entretanto, um olhar mais jovial para qualquer área ou serviço envolve um olhar mais futurista e inovador, fruto da bagagem de nascer na época em que nasceu. Não existe o certo ou errado em termos de idade. Cada geração possui suas particularidades, seus avanços e suas resistências. A união de forças e o respeito mútuo é o que deve acontecer, independentemente da idade.
Andre de Simone, Membro do Conselho Administrativo da Transita Transportes Ltda.
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