Foto: Divulgação/NSLog
Meu pai, José do Carmo Resuto, fundou a empresa em 1986 e, por muito tempo, ele foi o único chefe/gestor, tomando todas as decisões de forma centralizada. Essa abordagem, embora eficiente em curto prazo, resultou em um desafio a longo prazo: a falta de desenvolvimento de talentos nas áreas de análise, coordenação e gerência. Muitos dos profissionais que formamos acabaram buscando oportunidades em outros lugares, deixando-nos com uma equipe de excelentes auxiliares e assistentes, que atendiam às demandas diárias, mas não tinham espaço para inovação, crescimento e melhoria dos processos.
Para enfrentar esse desafio, decidimos tomar medidas corajosas. Há cerca de três anos, começamos a contratar gerentes para nossas filiais, buscando reduzir a subjetividade em nossas tomadas de decisão e trazer diversidade de trajetórias profissionais e pontos de vista para a empresa. Cada gerente traz consigo habilidades únicas e uma perspectiva diferenciada. Por exemplo, em São Paulo e Rio Preto, nossos gerentes têm um forte viés comercial, enquanto em Campinas temos alguém com experiência no setor industrial e grande habilidade em gestão de pessoas e custeio. Já em Bauru, temos um gerente que fez carreira na própria empresa, sendo altamente focado no operacional e roteirização, e é um dos nossos maiores talentos. Das quatro unidades operacionais, duas têm gerência feminina!
Nossas equipes são compostas por colaboradores com diferentes “tempos de casa”. Algumas pessoas estão conosco há mais de 20 anos, enquanto outras se juntaram a nós recentemente, há menos de 2 anos. Reconhecemos que cada filial possui suas próprias características e necessidades, e estamos estimulando a autonomia dos nossos representantes, construindo uma cultura de cooperação entre os gerentes e as equipes operacionais. Nosso objetivo principal é sermos mentores para o pleno andamento do processo, em vez de centralizar todas as regras e diretrizes na matriz.
Admito que essa transformação não é fácil. Requer desapego do controle microgerencial em prol do macro, além de buscar constantemente alternativas para nos reinventarmos como diretoria e equipe. Na NSLog, descobrimos que é possível multiplicar nossos corações apaixonados por um propósito maior, transcendendo a remuneração das 44 horas semanais. Acreditamos que uma empresa não se resume a processos, mas sim a pessoas engajadas e comprometidas com um propósito comum.
Estamos animados com o progresso que estamos fazendo e com os resultados positivos que já estamos colhendo. Estamos construindo uma cultura de independência e harmonia, permitindo que cada filial floresça em seu próprio universo, contribuindo para o crescimento de toda a empresa. Estamos abertos a novas ideias e prontos para continuar aprendendo e evoluindo juntos.
Por Carolina Resuto, Gerente Administrativo-financeiro na NSLog Transportes
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