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Como é a relação entre as gerações nas empresas familiares?


Fonte: banco de imagem/Canva


O medo em passar o legado adiante sempre existirá, independente da empresa ou do negócio que ela realiza. No caso de empresas familiares, a preocupação toma um olhar um pouco diferente, pois há o valor simbólico da instituição. São anos de trabalho realizados pelos nossos antecessores e os atuais líderes e eles. por conhecerem essa história, têm muito medo de deixar a tradição da família chegar em mãos erradas ou inexperientes.


Acho até compreensível a preocupação, porém, ao olhar o trabalho dos colaboradores da Ghelere Transportes e das demais empresas as quais somos parceiras, posso dizer que as coisas funcionam bem diferentes dessa visão. Claro, o setor ainda é conservador, e o fato dele ser composto majoritariamente por empresas familiares tem a ver com isso, entretanto, percebo uma abertura do transporte rodoviário de cargas (TRC) em apostar na promoção de pessoas mais jovens para os cargos C-Level, ou administrativos em geral.


Nesse sentido, o principal desafio não é de somente inserí-los, mas de fazê-los coexistirem com os veteranos. E quando o novo se mistura com as demais gerações em uma transportadora, então estamos na melhor situação para crescermos e termos bons resultados a longo prazo.


A experiência de vida nos ensina a ter responsabilidade, a aprender a escolher as melhores decisões, a termos prudência, a saber nos relacionar melhor com o outro, enquanto que a juventude nos traz a vontade de ganharmos reconhecimento, a crescer e aprender, ter a motivação de tentar quantas vezes for possível e, principalmente, a sermos criativos.


Na Ghelere Transportes, os melhores insights saem justamente de interações entre as diferentes faixas-etárias. Temos uma equipe muito antenada das principais tendências do mercado e do mundo. Os nossos colaboradores jovens sempre trazem ótimas ideias e sugestões de procedimentos e inovações para estudarmos. E os mais experientes não ficam para trás, pois são abertos a absorver esses conhecimentos e possuem a disposição para aprender, melhorar e a abertura para fornecer feedbacks e sugestões.


O oposto também acontece, o que me deixa feliz, esperançoso e tranquilo, porque vejo o profissionalismo da nossa equipe, assim como a presença de uma geração apta a assumir mais funções no futuro e a dar continuidade à nossa história. Vejo essa realidade sobretudo nas conversas e reuniões que fazemos sobre tecnologia.


A única certeza que temos é que as coisas mudam e que precisamos nos adaptar.Estamos passando por mudanças muito rápidas nesse campo e os eles estão cada vez mais aptos a se adaptar e a responder a essas transições. A inserção nesse universo, mesmo que precoce, desenvolve neles um olhar experiente e apurado em relação ao uso dos softwares, da inteligência artificial e o gerenciamento de dados. Isso é extremamente positivo para as empresas, pois, com muitos processos para administrar e desafios imprevisíveis surgindo de todos os lados, precisamos de pessoas inteligentes e proativas para encontrar soluções, independentemente da situação.


Contudo, para essa inclinação natural ser aprimorada e explorada corretamente, precisamos de líderes aptos a identificar o talento quando ele aparecer. A popularização das reflexões sobre soft e hard skills, assim como da importância de uma gestão humanizada, ajudam bastante a desenvolver em nós um olhar analítico sobre quais são comportamentos de um colaborador promissor.


Ver a difusão e popularização desses temas no TRC mostra a maturidade do nosso setor em reconhecer a necessidade de se atualizar e investir no que é melhor para o futuro da economia do nosso país e de seus cidadãos. Ainda mais no Brasil, onde as empresas familiares são maioria no comércio interno, tal realidade indica que temos empresários dispostos a assumir a postura necessária para competir e, com isso, elevar-nos ao lugar ao qual sempre merecemos estar no mercado internacional.


O que não pode ocorrer é trazer o sentimento pessoal para o negócio. As relações pai e filho, marido e esposa tem que serem observadas por um jurista imparcial. É importante ter uma relação profissional considerando os níveis hierárquicos do negócio.


Eduardo Ghelere, Diretor Executivo da Ghelere Transportes

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