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Inovação na adversidade: o futuro do transporte está no presente


Falamos sempre muito em perspectivas e voltamos nosso pensamento para o futuro, o que muitas vezes acaba dificultando o olhar no presente. Tenho refletido muito sobre essa pauta no setor de transporte e me questionado: o que estamos fazendo hoje em nossas empresas para alcançarmos os objetivos e metas estabelecidos para os próximos anos?


Não é nenhuma novidade que o segmento de logística no Brasil caminha em crescimento contínuo, mesmo durante os períodos difíceis vividos durante a pandemia de covid-19. Além do mais, vale ressaltar que o modal rodoviário lidera a movimentação de cargas no Brasil, de maneira que em 2020 a frota no país chegou a 107,2 milhões de veículos, de acordo com dados levantados pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), a transporte de cargas no país, levando em conta todos os modais, foi maior no ano de 2020, quando comparada à de 2019. No total, foram 1.771 bilhões de TKUs - unidade que combina toneladas com quilômetros percorridos - ante os 1.753 bilhões de TKUs do ano anterior, representando um aumento de 1%.


No ano de 2019 tínhamos muitos planos e projetos aqui na Ghelere, voltados para os próximos dois anos. Com a chegada do novo coronavírus, algumas empresas sentiram o impacto de forma mais agressiva e fecharam as portas, de modo que projetos com grandes clientes nossos, como a Heineken, acabaram se tornando mais desafiadores.

Em contrapartida, pude observar que as reuniões online promoveram uma rapidez e efetividade muito maiores, o que permitiu realizarmos as programações previstas para dois anos em apenas seis meses. Uma lição que pude tirar desta situação, é que podemos focar no futuro, no entanto não devemos viver nele.


Os imprevistos do ano anterior colocaram uma série de planejamentos em xeque, porém ao mirarmos na situação atual, conseguimos nos ajustar e nos saímos muito bem. Nossa equipe atualizou todos os processos e investimentos mais pesado no programa de pontos de gamificação, além disso tornamos realidade nosso desejo de implementar placas fotovoltaicas em nossos caminhões, proporcionando uma sustentabilidade não só ambiental, como também financeira.


Tenho acompanhado que o futuro é a logística e transporte 4.0, e não podemos fechar os olhos para isso. Dessa forma, mais da metade da nossa frota já conta com câmeras com inteligência artificial, que faz os apontamentos automáticos e segue direto para a gamificação.


Como empresários do transporte rodoviário de cargas, devemos estar atentos às tendências que aparecem no mercado, mas sempre as trazendo para o nosso cotidiano e entendendo como é possível implementá-las na transportadora. Costumo dizer que no TRC, nosso negócio é reduzir custos, aumentar eficiência e evitar acidentes, o restante é apenas consequência.


Eduardo Ghelere, Diretor Executivo da Ghelere Transportes

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