No artigo anterior, nos aprofundamos no universo dos números para entender um pouco mais sobre o papel corajoso das mulheres no setor de transportes. Saímos dele, com a consciência de que os dados ainda podem ser revertidos, e que a realidade pode ser alterada com a força do nosso trabalho.
Com isso, achamos um termo que traduz o anseio sobre o reconhecimento de um trabalho árduo: a equidade. Palavra essa, que tem como significado a importância de oportunidades iguais independentemente do gênero. Estamos diante de novos desafios, portanto, a equidade precisa estar sempre em transformação, para atender os objetivos de igualdade por meio do nosso empenho, profissionalismo, altivez e credibilidade.
Um estudo feito pela Bain & Company em parceria com o LinkedIn, avaliou a percepção de 914 profissionais, homens e mulheres, sobre como as empresas onde trabalham lidam com o tema ‘’diversidade feminina’’. O resultado foi de 82% das mulheres e 66% dos homens que acreditam no alcance a igualdade de gênero, ou seja, criar um ambiente de trabalho inclusivo e que ofereça chances iguais de crescimento profissional deveria ser uma das cinco prioridades da empresa.
A partir disso, notamos que apesar da evolução ser perceptível, ainda há um longo caminho a trilhar para o verdadeiro reconhecimento no segmento. A presença feminina no transporte traz igualdade e oportunidades, dando total autonomia para que mulheres possam demonstrar que são comprometidas na execução de suas tarefas, e obtém total capacidade de liderar. Além de trazer diferentes visões para a tomada de decisão, o que é muito enriquecedor para o todo.
A equidade, enfim, deve ser uma constante para nós. Devemos sim contrariar os dados, tão pessimistas em relação ao tempo que levaremos para conseguir igualdade em nossos cargos. Nosso trabalho deve ser continuo e com muita dedicação, não em ultrapassar ou provar algo, mas, em superar nossos próprios limites e limitações.
Rafaela Cozar, Diretora de Gestão e Inovação na Roda Brasil Logística