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O impacto das rodovias brasileiras no transporte de carga


Nosso país hoje conta com mais de 1,7 milhão de km de estradas onde escoa cerca de 60% do volume de carga nacional. Mas esses tantos quilômetros de vias não apresentam condições de uso adequadas. Mais de 80% dessas rodovias, cerca de 1,3 milhão, não são pavimentadas. Ao todo, nosso país possui 12,1% de estradas asfaltadas e 7,6 de planejadas, ou seja, que não saíram se quer do papel segundo dados do Sistema Nacional de Viação, do Ministério do Transporte divulgados em 2015.


O setor do transporte é um dos, se não o maior, prejudicados por esta ineficiência neste ramo por parte dos governos, tanto na esfera municipal quanto na estadual e federal. Uma pesquisa feita em 2013 com 300 profissionais das 250 maiores empresas do ramo do transporte rodoviários apontou que para 99% dos entrevistados as más condições das estradas brasileiras fazem com que o país perca mercado. A CNT (Confederação Nacional do Transporte) também em 2013 apontou que o custo operacional fica 25% mais caro por conta desses problemas, fazendo com que o produto chegue de forma mais cara as mãos do consumidor.


Impactos são sentidos nas empresas que usam as rodovias para levar todo o tipo de coisa para os brasileiros. O desgaste precoce da frota faz com que o a manutenção seja maior do que o esperado aumentando os custos dentro de uma operação.


Um problema que vai além do financeiro é o maior consumo de combustíveis. Para que se evite um impacto brusco no veículo, há a necessidade de muitas vezes frear bruscamente. Nestas operações o caminhão tende a gastar mais combustível fazendo com que o tanque se esvazie mais rapidamente e causando uma maior poluição do ar.


A gigante carga tributária que deveriam cuidar das nossas estradas, como o IPVA e o Pedágio, infelizmente não exercem seu papel hoje. Devemos sempre cobrar melhorias, em tudo, principalmente em serviços tão essenciais como é o transporte de carga rodoviário em nossa país, que leva tudo, definitivamente tudo, até você.


Antonio Ruyz, CEO da Transruyz

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