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O valor da industrialização: ‘o vai e vem’ de commodities

Atualizado: 1 de set. de 2020



Soja, cana-de-açúcar e café são exemplo mais tradicionais, e expressivos, que temos de commodities brasileiras. Estas representam mais de 6% do PIB, além de 60% de todos os bens que exportamos. O Brasil estabeleceu uma relação de dependência mútua com as commodities, uma vez que as oscilações de preço destas possuem efeitos diretos na economia.


O mercado de matérias-primas brasileiras é voltado para exportação. Com uma riqueza territorial e solo fértil, o país é um exímio produtor de commodities. A grande questão é que grande parte do que exportamos, volta para o país de forma industrializada e com o selo de produto importado e caro. Um exemplo clássico desse fenômeno é a exportação de laranja para o Reino Unido. 80% do Suco de laranja consumido pelos Britânicos, vem do Brasil. Estes, industrializam a matéria-prima brasileira, colocam um rótulo em inglês e nós importamos o produto. O preço de venda de uma caixa, de aproximados 40kg, de laranja custa, em média, R$23,00. Sendo que este suco importado citado, em uma embalagem de 200ml, custa de R$15,00 a R$18,00. O litro de suco na exportação custa menos de R$0,90, e o litro no suco importado custa de R$75,00 a R$105,00. Obviamente existem outros custos envolvidos como a própria industrialização, bem como os impostos, mas o que se avalia é o quanto o Brasil perde de valor no produto por não investir no mercado interno.


Se houvesse um equilíbrio maior entre o


que vai para o mercado externo e o que vem para o mercado interno, além de trazer mais investimentos ao país, geração de empregos e receitas Estaduais e Municipais, os preços destes produtos, produzidos deste a origem aqui, seriam expressivamente menores para o consumidor final.



Felipe Medeiros, COO da GVM Solutions Brasil

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